Longe

Estava ali, no caminho, achando qualquer motivo para ficar. Não sei mais o que dizer, não penso mais em falar. Imagino por querer e quero por precisar. Essa vontade nua não deixa negar essa selvagem doçura no olhar, mas longe. Não deixa ser transportada para qualquer lugar, mesmo quando penso que deveria. Imagine poder simplesmente se entregar. Fica distante, consumindo a lembrança de um beijo noturno de um momento sozinho de nós dois. Segredos amordaçados pela insegurança, ou talvez o medo de não saber da certeza. Escravos da natureza, vontade principal da incerteza é de agir mesmo quando o sentido não seja sentimento. Entrego o dia ao momento, lanço vôo e caio ao mesmo tempo. Assim me vou entre o tempo e o vento, acalentado por devaneios, distrações levianas do desejo. Querer sem ter, deixar sem poder, sonhar sem saber por que. O sonho só faz o que quer, imagina o que pode e se perde quando desapercebido do que realmente deveria sonhar.

1 comentários:

    leonardo eu ti vi no programa papo literário fiquei encantada ao ver como vc escreve o abstrato com tanta clareza que nos deixa a certeza de que: cada texto seu vemos a sua alma passar do abstrato pra o concreto!!! depois de te ver vim correndo ler seus texto em:TINTA EM TELA BRANCA!!! parabéns!!!Escreva...escreva... solte tudo de bom existente dentro de vc!!! O mundo está precisando de romanticos como vc, na alma do romantico está a grande sencibilidade do amor que está faltando no nosso dia a dia!!! Deus o abençoe ricamente!!!Zilda Marinho

     
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