Então Lembra

Não é importante ver nesse futuro distante uma incerteza constante que domina a vida. Essa saudade é minha, assim como a vontade de estar e querer de qualquer jeito. Palavras que falo por inteiro sempre me deixam reticências. Continuações de pensamentos sem delimitações de começo sem final. Parei no mundo no calçamento, sem arriscar sentimento ou dor. Evito olhar nos seus olhos fixamente. Sem querer me perco novamente, sem guia, cego. Para mim, o sorriso que me alegra, quero ter para sempre ela, se um dia permitido for. Em nada vou julgar esse meu jardim, por pouca flor. Ignorar meus próprios erros, cometidos entre tempos e ventos, rugidos de cor. Sou egoista e quero seu sorriso, aonde estiver, quero levá-lo para onde quer que me leve. Serei então o que tiver de ser, para ter o que me for possível e viver o que me for capaz.

Across Again

Quando foi que decidiu ver que os sonhos que teve nos momentos felizes, que foram poucos, eram apenas parte da ilusão, medo da solidão, esquecer da solidão e procurar numa canção tudo que seu coração só soube dizer não. Mas enfim chegou a verdade, essa cruel realidade que no meio da saudade veio falar que felicidade não faz parte. Não adianta mais gritar, correr ou dançar, chorar ou sofrer, nesses olhos fechados eu posso ver, que quando o tempo chegar e você se afastar, não vai ter mais lugar para se abrigar, nem para quem ligar, conversar, chorar ou rir, só terá o que esquecer e a quem ignorar. Deixa o valor do dia que passou para o próximo dia. Se não sabia o que tinha, não vai ser agora que vai notar. Passam as ondas do mar e esquecem do céu que de tanto olhar, chorou pelo mundo inteiro. Ninguém te escuta cantando de frente ao espelho, querendo alguém para amar. Se um dia nessa vida, achar alguém que te defina e que no fim saiba qual valor te dar, vai esquecer que o sonho um dia existiu e nunca vai deixar de amar.

Pegadas de Vento

Pegadas de vento em areia queimada. Sabe-se lá por onde se passa. Fazendo sol ou caindo chuva, quero ver e mais nada. Sem trilhar caminhos, destinos ou redemoinhos, não sei o que faça. Se olho para o céu, vejo nuvens, me volto para o mar, água. Nos olhos não vejo nada. Então prossigo por entre incertezas e caminhadas. Nesse lugar chamado vida, só se segue com calma. Nem lembrança do rosto, nem carinhoso. Cada centrimetro de passado, medindo, meticuloso. Quero entender esse futuro duvidoso e esquecer do que quer ser esquecido. Não quero ver de novo, viver sem abrigo. Se acendo uma fogueira é para clarear. Esse coração que incendeia, nem lágrima apaga. Sentimento escondido dentro de cada favorecido, tendo a incerteza dessa vida transviada. Pois que venha onda e leve cada passo atrasado. Se souber por onde vou, não esqueço o que aconteceu, só não quero saber de viver no passado.
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