Dualidade do Beijo
domingo, 2 de janeiro de 2011 by Leonard M. Capibaribe
Os caminhos destinados sempre andam para dois lados. Um segue as cegas do outro. Te diz tudo onde o outro é mudo. Imagina o bem que tudo tem, enquanto o outro só sabe o que de mal tem no mundo. Somos dois lados de cada centavo descuidado, girando sem parar, até ser parado. Somos roubados da sorte pelo nosso caminho traçado. Para direita, talvez esquerda, um ou outro lado. Nunca sabe a certeza, não se pode ter vontade. Espera o caminho certo de cada felicidade. Somos a noite correndo do dia correndo da noite. Medo que segue curiosidade, estamos longe do que queremos, mas o que precisamos, temos e não sabemos. O abraço da saudade, não conhece o outro lado? Somos a falta que nos falta na verdade. O beijo e sua dualidade, não sabe ao certo que caminho é verdade. Se entrega o coração a toda essa paixão, ou vive na dúvida, cai de uma vez ou se segura. Essa alma pura e suja, essa vida de duas vias. Talvez seja a sua ou a minha.