Alegoria
terça-feira, 22 de novembro de 2011 by Leonard M. Capibaribe
Ao fundo, uma imagem surge e a princípio aparenta ser inexpressiva e desvalorizada pelo olhar desatento e apressado. O tempo faz o que de melhor sabe e passa, sem notar, a imagem é levada e novamente não se tem nada. Nova imagem toma seu lugar e novamente ao olhar, não aparenta valor algum nem apresenta motivo para permanecer. É menos importante do que a vida que tem de viver, o momento não é certo, são tantos os problemas para se resolver. Novamente passa o tempo e recolhe da vista o que não deixou ser completamente apreciado. É quando uma pequena gota cai no vazio, dançando sobre a imensidão e existindo. Seduz primeiro com a simplicidade e se transforma num segundo em pluralidade. Toma conta da visão, da própria existência e se não tratada com cuidado, um momento e tudo pode ser apagado. Não existe tempo, a vida num momento fora das restrições de números e luz no Sol decidiu que era hora de parar e apreciar. Essa pintura, que um dia passou por outros olhares, ali resolveu ficar, onde o seu viver tem valor e é livre para se expressar.